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segunda-feira, 20 de março de 2017

Dia Mundial das Florestas




Comemora-se amanhã, mais um Dia Mundial das Florestas, mas para Os Verdes Portugal tem poucas razões para comemorar!

Perdemos área florestal (somos segundo a FAO, o único país da Europa que perdeu  área líquida de floresta) e empobrecemos na diversidade e no património florestal, como nas múltiplas funções que a floresta presta à vida, sejam elas a nível ecológico (biodiversidade, solos, águas), climático, social ou  económico.

Os incêndios de 2016, com mais de 160 mil hectares de área ardida, o valor mais elevado desde 2006, voltaram a demonstrar, inequivocamente, quanto a política florestal seguida ao longo destes anos, que permitiu e incentivou a eucaliptização do país (espécie que mais cresceu em Portugal e que ocupa a maior área florestada), constitui um verdadeiro rastilho que verão após verão, deixa o país sob ameaça das chamas.

Chegou o momento de dizer BASTA DE EUCALIPTOS

A “Reforma da Floresta” tão propagandeada pelo atual Governo, só merecerá esse nome se tiver a coragem de travar a expansão do eucalipto e promover e incentivar a plantação das nossas espécies.

Foi isso que Os Verdes negociaram com o PS, nas conversações conjuntas que decorreram deste novo quadro parlamentar.

É isso que agora Os Verdes querem que seja efetivamente e urgentemente concretizado.

A floresta portuguesa, o ambiente e a segurança dos cidadãos não podem continuar reféns dos grandes interesses económicos ligados à indústria da celulose.

Os próprios produtores florestais, muitos deles nomeadamente os pequenos, vêem-se reféns destes interesses e são os primeiros a ver os seus investimentos consumidos pelas chamas.

Exige-se que a política florestal resguarde o interesse público, garantindo as diversas funções da floresta, designadamente a nível ambiental, social, mas também a nível económico.

As celuloses não são o único sector económico ligado às florestas, temos o sector da cortiça (Portugal é o maior transformador de cortiça a nível mundial), dos móveis, da energia, e tantos outros. As celuloses não podem definir a política florestal portuguesa.

Chegou o momento de PROMOVER E APOIAR A NOSSA FLORESTA!
Uma floresta diversificada, na qual prevalecem as espécies endógenas apropriadas a cada região do país.

Durante o dia de amanhã, Os Verdes promoverão ações de contacto com a população à volta da Floresta Portuguesa, nomeadamente em Lisboa, Porto, Braga e Santarém, onde reafirmarão o NÃO À EUCALIPTIZAÇÂO!

O Partido Ecologista “Os Verdes”
20 de março de 2017